Em entrevista a O Imparcial,
De acordo com o diretor-geral, transtornos desse tipo são causados pelo fato de haver hospitais que não seguem o procedimento de manter as pacientes gestantes internadas sob observação, inclusive aquelas que não requerem cuidados médicos de urgência, preferindo transferi-las às maternidades sem a confirmação de leitos disponíveis. “Quem tem que oferecer leito é a rede como um todo. Se não há leitos [em uma maternidade], temos de buscar onde tem [disponibilidade]”, disse Frederico Barroso, observando que São Luís conta com sete maternidades integradas pela Central de Regulação de Leitos, cabendo a responsabilidade das transferências aos médicos que autorizaram o encaminhamento de pacientes.
Excesso no atendimento
Para evitar o desequilíbrio, o diretor esclareceu que as transferências deveriam ser organizadas adequadamente, junto à Central de Regulação. Frederico Barroso considerou que, com a vinda de pacientes sendo comunicada com antecedência, as maternidades poderiam preparar-se para prestar o atendimento necessário com segurança, ou informariam caso não houvesse leitos suficientes, a fim de evitar que as gestantes percorressem diferentes unidades de saúde em busca de leitos, como é comum ocorrer.
Frederico Barroso esclareceu que, no entanto, há unidades que seguem o modelo de ações “Vaga Sempre”, da Rede Cegonha, programa que busca garantir uma rede de cuidados materno-infantil no país. Segundo o gestor, os casos sem necessidade de internação são atendidos para a liberação das pacientes, poupando-as de seguir em peregrinação a outras unidades. Mas sendo necessário internar a gestante, sem a vaga correspondente, o procedimento é acionar a Central de Regulação e identificar a maternidade com leitos para a transferência da paciente. Quanto às grávidas de alto risco, dado o estado delicado que desaconselha a transferência, o atendimento tem que ser prestado, ainda que a maternidade não disponha de leitos no momento do atendimento.
Materno-Infantil
A mensagem comunicou que o HUUFMA presta serviço regido por contrato com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), sendo uma unidade de referência para gestação de alto risco, com atendimento de casos de diabetes, hipertensão, cardiopatia, obesidade, Aids, Mola, malformação fetal, Sífilis, hepatite, toxoplasmose, dentre outros. Com a disponibilidade de 86 leitos de obstetrícia, o Materno Infantil realiza uma média mensal de 1,5 mil atendimentos no acolhimento pela Rede Cegonha, além de 300 partos por mês, em média.
Semus
A gestão municipal da saúde esclareceu que, atualmente, a rede pública de São Luís dispõe de 185 leitos voltados a gestantes, em cinco unidades de saúde. A Semus esclareceu que existe uma demanda maior que a natural, devido aos casos de pacientes provenientes do interior do estado, inclusive de municípios não conveniados com a rede de saúde da capital. Quanto aos procedimentos para que as parturientes sejam atendidas na estrutura municipal, a informação foi que o atendimento é realizado por livre demanda.
Rede de Saúde de São Luís
Maternidade N° de leitos
Santa Casa 47
Maternidade Maria do Amparo e AMB Maria da Vitória 32
Hospital Comunitário Nossa Senhora da Penha 9
Hospital Universitário (HUUFMA) 84
Maternidade Nazira Assub 13
o imparcial
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