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161 mortes em dois meses na Região Metropolitana

Homem de 32 anos, executado a tiros no bairro do Bequimão, foi a vítima número 161 em apenas dois meses na Região Metropolitana de São Luís



A execução de Carlos Alberto dos Santos Filho, de 32 anos, foi assassinado a tiros, por volta das 12h, de ontem, segunda-feira (30), no bairro do Bequimão, foi a morte violenta de número 87 somente de setembro. A vítima estava em um veículo GM Corsa Hatch, de cor verde, quando foi abordado por dois homens em uma moto.

Segundo informações da polícia, a Carlos Alberto não possuía nenhum antecedente criminal, mas já havia registrado uma ocorrência contra um ex-cunhado, por ameaça de morte. De acordo com o investigador Bruno, lotado no 14º Distrito Policial, no Bequimão, o principal suspeito do crime é o ex-cunhado, pois eles tinham uma desavença antiga e possivelmente seria a motivação do crime.

Este tipo de crime, a execução, se tornou comum na Região Metropolitana de São Luís, composta pelos municípios de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. 
No mês de agosto foram 74 pessoas mortas por crimes violentos. Juntando com o mês de setembro, que acabou ontem, somam-se 161 casos que a polícia terá que investigar e prender seus autores.

Somando ambos e tirando a média são 2,68 homicídios por dia nos quatro municípios que compõem a Região Metropolitana. Sendo que estes crimes foram cometidos a cada 8,9 horas durante dois meses (agosto e setembro). Dados também mostram que 80% dos assassinatos foram cometidos por armas de fogo.

Em conversar com o delegado Guilherme Filho, integrante da Delegacia de Homicídios, ele revelou que o aumento da violência nos quatro municípios se dá ao crimescimento vertiginoso do tráfico de drogas, e que a maioria das mortes estão ligadas a acerto de conta. “Quer seja pelo acerto de contas, pela posse das bocas de fumo, ou por debito envolvendo a compra e ou a venda da droga. As mortes em sua maioria são relacionadas ao tráfico de drogas, e as armas de fogo são usadas na maioria das mortes. A solução para se resolver os altos índices dos homicídios, seria num policiamento preventivo, sendo que o impedimento está no pouco número de policiais disponíveis para as forças de segurança”, disse o delegado.

A delegada Katherine Chaves, superintendente da Polícia Civil da Capital, revelou que a SPCC implantou um plantão extraordinário visando dar uma maior rapidez nas investigações de crimes contra a vida. “A delegacia de Homicídios conta hoje com nove delegados, onde cada um tem a sua equipe de trabalho. A delegacia trabalha de segunda a quinta-feira das 8h às 18h, sendo que depois desse horário, fica de competência aos plantões. Na sexta-feira, sábado e aos domingos, a delegacia de homicídios trabalha em regime de plantão”, garantiu.
O IMPARCIAL

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