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Crivella diz que quer reduzir à metade verbas de escolas de samba para investir em creches

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RIO - O prefeito Marcelo Crivella disse, nesta segunda-feira, que planeja cortar à metade a subvenção concedida às escolas de samba do Grupo Especial a partir do carnaval de 2018. Os recursos das escolas seriam remanejados para dobrar as diárias pagas por criança às creches privadas conveniadas com a prefeitura. A decisão foi comunicada ao presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Luiz Castanheira na semana passada. Castanheira discorda da decisão e pediu uma reunião do prefeito com os presidentes das escolas. A reunião estava inicialmente marcada para esta tarde, mas foi cancelada por problemas de agenda de Crivella.
Nos dois últimos anos (2016-2017), cada escola do Grupo Especial recebeu R$2 milhões de subvenção. O corte da subvenção para R$ 1 milhão corresponderia o que cada escola recebia em 2008. O prefeito argumentou que precisa dos recursos e que o corte não iria interferir tanto no evento, se os sambistas forem valorizados. Castanheira, por sua vez, diz que o investimento da prefeitura no Carnaval gera receitas para a cidade que compensam o investimento:
- Eu propus à Liesa um corte de 50%. A beleza do carnaval carioca está mais no samba no pé mostrado pelos competentes. Juntas, as pessoas formam uma grande geografia humana. Carnaval é muito mais que carros alegóricos. Estamos com restrições orçamentárias. Quero usar esse recursos para A partir de agosto, quero pagar uma diária de R$ 20 para atender 3 mil crianças. Hoje, essas creches recebem R$ 10.. É pouco até mesmo para comprar um iogurte. É uma questão de refletir. Se vamos usar esses recursos para uma festa de três dias (Carnaval) ou ao longo de 365 dias ao ano - alegou o prefeito.
Jorge Luiz Castanheira rebateu Crivella. Ele argumentou que durante a campanha eleitoral Crivella prometeu exatamente o o oposto. Investir para valorizar o carnaval da cidade:
- O espetáculo chegou a um alto nível de qualidade. Isso seri um retrocesso. Aumentar verbas para creche de fato é importante, Mas é tratar da questão do Carnaval do Rio de uma maneira muito simplista. O carnaval movimenta R$ 3 bilhões para a cidade, conforme a própria Riotur já divulgou. É toda uma economia que gira entorno. Movimenta hotéis, restaurantes entre outras atividades econômicas que geram impostos para a própria prefeitura - argumentou Castanheira
Os cortes atingiriam também as subvenções dos grupos de acesso, mas em percentagem menor.

Crivella argumentou que se por um lado as escolas perderiam recursos outro lado, investimentos seriam feitos na Sapucaí para melhorar as condições de infraestrutura oferecida para às escolas. Os recursos viriam do Fundo de Turismo. A ideia seria usar as verbas para modernizar o sistema de som da Sapucaí bem como instalar telões já para 2018, apesar de o edital de licitação ainda não ter sido lançado . Segundo ele, o Conselho de Turismo poderia também ser usado para complementar os subsídios das escolas. A indefinição do carnaval do Rio, no entanto, já causou baixas no conselho. Como a coluna Gente Boa informou no sábado, o empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni deixou o conselho insatisfeito com indefinições na prefeitura.
fonte:extra

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